Conheça os 10 criadores escolhidos para o Fundo para Criadores de Conteúdo

Fera Macia, Hasegawa, Sioduhi, Marianna Wille, Natália Tupi, Steyce Norrane, Leo Hassato, Carol Costa Cozinha e Ginga, Bella Viaja, e Carolina Magalhães são os 10 creators escolhidos para participar da primeira edição do Fundo para Criadores de Conteúdo do Pinterest no Brasil.
A missão do Creator Fund é elevar criadores e comunidades historicamente marginalizadas - negra, LGBTQ+, asiática, indígena ou de pessoas com deficiência -, por meio de apoio financeiro e educacional. Além de um subsídio de cerca de R$30 mil em dinheiro e equipamentos, o programa inclui sessões de treinamento para desenvolver o potencial criativo na plataforma, workshop de melhores práticas, acesso à comunidade de criadores, e conexão com oportunidades de monetização.
"O Fundo para Criadores de Conteúdo do Pinterest é sobre investir, dar oportunidades e apoiar o trabalho de criadores de grupos com menor representatividade na internet. Queremos impulsionar a diversidade e a riqueza cultural no Brasil e no mundo, fortalecendo nossos esforços para sermos uma plataforma cada vez mais inclusiva, diversa, positiva e segura" - Fernanda Cerávolo, diretora de conteúdo e creators no Pinterest para a América Latina.
"Pessoas negras manifestam habilidades virtuosas e as restrições estruturais, além de frustrarem, dificultam as aspirações dos creators na internet. Contar com uma plataforma disposta a facilitar esse crescimento de criadores sub-representados é sem dúvidas um caminho relevante para que essas habilidades não sejam só exaltadas, mas para que todo o público se enxergue nos conteúdos". Bella Viaja, especialista em conteúdo de viagens e cultura.
"Nós, artistas indígenas independentes, sabemos e sentimos na pele o quanto é necessário correr o triplo para alcançarmos nossos objetivos. Encontrar no caminho pessoas que olham para o meu trabalho com carinho e respeito enche meu coração de alegria e esperança", Natália Tupi, fotógrafa, videomaker e ativista indígena.
"Eu sinto que, hoje, meu papel na internet é produzir o tipo de conteúdo que faltava na minha infância. Tento ser a inspiração que eu sempre precisei durante muitos processos de auto-entendimento, e minha maior motivação é me deparar com o fato que estou representando muita gente, gerando um lugar de pertencimento para aqueles que (assim como eu) nunca tiveram suas vozes ouvidas", Hasegawa, criador focado em arte e beleza.
"Como a grande maioria, cresci consumindo conteúdos onde apareciam apenas pessoas consideradas padrão pela sociedade. Esse fato sempre me afetou e aumentou cada vez mais a minha sede de ver pessoas com deficiência como protagonistas. Enfim chegou o dia em que eu pensei “o que eu posso fazer para ajudar a mudar esse cenário?!”. Foi aí então que busquei toda a coragem que havia dentro de mim para começar a criar conteúdo, mostrando a todos quem é a verdadeira Marianna e deixando a mensagem de que está tudo bem em ser quem você é", Marianna Wille, apaixonada por fotografia e viagens.
"Nos meus conteúdos, apresento reflexões profundas e às vezes delicadas, tendo em vista que a luta indígena ainda é muito marginalizada. Mesmo com essas repetidas formas de apagamento, me desafio a posicionar frente à este cenário de forma sábia, evito repetir ou alimentar violências que a própria colonização assolou nos nossos territórios, pois, levo comigo que somos uma geração que precisa ressignificar essas dores e quebrar esse ciclo que há 522 vem nos destruindo de diferentes formas", Sioduhi, designer de moda.
Por enquanto, o Brasil é um dos únicos três países a ter o Creator Fund, ao lado dos Estados Unidos e do Reino Unido. O programa começou em agosto e deve durar três meses. Para se inscrever, era preciso morar no Brasil, ter mais de 18 anos, ter menos de 10 mil seguidores em suas plataformas digitais, e se identificar como parte de uma comunidade sub-representada.